ALGURES, JUNTO DE MIM...
Sentado, aqui, algures
Escrevo algo,
que não sei.
As ideias surgem,
Mas as palavras não brotam
E a caneta não escreve,
No papel que não existe.
As ideias persistem.
Em conjugação de palavras,
Mas saiem desarticuladas,
E esborracham-se no papel,
Que persiste em não existir.
Já não sei o que escrever,
As palavras fogem
Em corrupios de ideias,
Em emaranhados de pensamentos.
E os sentimentos diluem-se
Nas lágrimas que derramo
Em folhas,
De papel, que não tenho.
E nada escrevo.
E nada digo.
E nada sinto.
Sentado, aqui
Junto de mim,
Persisto em escrever.
Algo que não sei,
Algo que não sinto.
E no entanto,
Brinco com as palavras,
Com os sentimentos,
Com as ideias.
São apenas momentos,
Que descrevo.
Que me acompanham
Vezes sem fim.
Derramo palavras
No vento.
São lágrimas, que declamo
Ao longo do tempo,
Que passa e repassa
Por mim
Em odes sem fim.
São amores que se apartam.
E nada escrevo que valha
Ou de alento que venha.
Abril'06
. Os meus links
. A minha Biografia por Cecília Rodrigues
. Irmandade dos Poetas -Vários
. Maria
. Memórias de um musico de baile
. Raio
. Xena
. Desejo
. ...
. Dezembro
. Ano Novo . o Virar de Mai...