Apetece-me gritar, bem alto
Tudo o que transborda, do meu peito
Em soluços abafados.
São sentimentos, sentidos
Transformados em palavras
De papel.
Que amarroto e calco
Dentro de mim.
Tento afastar, toda esta tristeza
Que me envolve
Mas nada se afasta,
Nada se me aparta.
E carrego o meu fado.
Conheci poetas...
Grandes poetas, de sentimentos mil.
Todos choraram palavras ao vento,
Que passou.
E todos se lamentaram,
Por amores perdidos.
Fingidores,
De lamentos.
E de sentimentos.
Foi o que mais vi.
Escreveram palavras vis,
Palavras de amor,
Ou de louvor...
Mas nunca se apartaram
Do seu fado.
Bebo-lhes as palavras,
Na agua da chuva que cai.
E oiço no vento que sopra,
As sua lamurias.
Nas folhas de outono,
Leio os seus fingimentos,
Que caiem,
No mundo que nos rodeia.
Mas a compreensão escasseia...
31/01/2006
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