
Foto: Augusto P. Gil
Na areia por onde passo,
Deixo pegadas,
Que se afogam,
Nas ondas da praia.
O vento, que se faz sentir
Agita, as nuvens carregadas
De água.
E estas iniciam o seu choro.
Nesta praia,
Onde venho chorar,
Vezes sem fim,
Passeio à beira-mar.
O vento açoita-me,
A chuva molha-me,
A tristeza assola-me,
E eu caminho,
Chapinhando,
Nas ondas que se desfazem
Na praia.
Só, sozinho
Nesta praia deserta
Num dia de Inverno
Perdido,
Num mês de Primavera
Liberto a minha imaginação...
E como na tela,
De um pintor.
Apenas as gaivotas
E o amor,
Não aparecem
Em desenhos, de cor.
Navego, ao sabor do vento
Numa folha de papel
Onde derramo pensamentos.
E neste triste quadro
Pinto mágoas
Em telas de desalento.
Santa Cruz - Março'07
"Na areia por onde passo,
Deixo pegadas,
Que se afogam,
Nas ondas da praia."
Mas logo renascem
Alegres e fugidias
Saltitantes no areal
Em notas e melodias
Sem igual
Vejo, no movimento dos pés
Liberdade universal
Transportada pelas marés
Osmose, tridimensional...
Beijinhos
CarmenZita

De Gil a 12 de Junho de 2007 às 00:32
Amiga, obrigado pelo teu poema-resposta, gostei.
Valeu
Gil
De vicallacer a 10 de Junho de 2007 às 01:34
Que nortada oportuna... inspirou um poema de tão fresca primavera...
Gostei imenso deste seu poema!
Vitor
Seja bem vindo ao meu "cantinho" e obrigado pelas sua palavras.
Um abraço Gil
Gosto dos teus passos na areia
solitários
dos teus versos tristes
fantásticos
das tua telas pintadas a branco
lidos só por quem
sabe dos prantos
Ah! Poeta azulado
que triste este teu fado!
Adorei!
Beijos
Teresa
claro que em vez de "lidos" deverá ler-se
"lidas"
rsss
De Gil a 12 de Junho de 2007 às 00:37
Amiga Blue...pois só mesmo quem percebe de prantos.
Um Bj
Gil
De Gaivota a 10 de Junho de 2007 às 21:13
"E como na tela,
De um pintor.
Apenas as gaivotas
E o amor"
Lindo poema, cheio de fragilidades, mas muita frecura....
Obrigada pela tua presença no meu espaço
Gaivota
De Gaivota a 10 de Junho de 2007 às 21:14
naturalmente deve ler-se..... "frescura"
Beijo
Gaivota
De Gil a 12 de Junho de 2007 às 00:41
Amiga Gaivota, obrigado pela visita. É tambem gosto de "voar" pelo teu espaço, nem que seja para aprender a voar na companhia das tuas gaivotas.
Um Bj
Gil
De um poeta em pranto
Lemos um canto
De pintura triste
De rima-pincel na mão
Chorando a solidão
Que nele existe
Um abraço do "Vizinho da esquina de cima"
De Gil a 16 de Junho de 2007 às 00:50
De prantos em prantos
vou escrevendo cantos
que canto...
Um abraço, do "vizinho da esquina de baixo".
Gil
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