PRANTO
Nesta tarde de melancolia
Onde a chuva, não cai
E finge...
Assim estou eu.
Não sinto,
E finjo que sinto,
Toda esta tristeza, que emana
De uma tarde de tédio...
De alguém que ama.
Nos espaços do vento
Que sopra,
Eu escrevo-te, estas palavras.
Não são de amor,
Nem de ternura.
São de dor.
Dor sentida,
De há muito,
De amor.
Na tempestade que se aproxima,
Afloro o meu desgosto.
São palavras,
Que o vento leva e desbarata.
Mas são sentidas,
De tal forma que me matam.
A fragilidade,
Com que me exponho,
São momentos de pesar,
De desgosto...
Momentos de paixão perdida.
As nuvens pesam,
Num céu, escuro
De mágoa...
O meu coração de pesar,
Transborda.
Fecho os olhos,
E sinto a tua presença,
Musa que me inspiras.
Sinto,
Os teus lábios, aflorarem os meus.
Num beijo fugidio,
E proibido.
Sinto desejos de te abraçar
Enlouqueço por desejar,
Desejos de amor, insano
Chove e cai água do céu.
E eu...choro prantos de água,
De um coração que transborda.
De um amor perdido,
Ao longe,
Algures no tempo.
Choro lágrimas de pesar
Ao vento, que passa.
São sentimentos loucos
De alguém que te amou,
Assim,
Tanto, tanto.
Como uma tarde de chuva,
Talvez nem tanto.
Talvez, como um pranto.
Talvez como uma criança,
Num pranto,
Brando,
Em soluços contidos,
Talvez, nem tanto.
07/03/2006
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